sábado, março 20, 2004

Tempo de Guerra

A batalha estava próxima
Mas ela ainda não sabia
Os rumores da guerra tomaram a vila
Calmo ele permanecia

A primavera chegara
E com ela a guerra
Senhores e servos
Pobres e ricos

Não foram rosas brancas
Aos pés daqueles que morreriam
Não eram bolos de viagem
Nas mãos daqueles que não regressariam

Seu espírito clamou
E ela atendeu
Para seu amado, nada de frivolidade
Ela não queria piedade

Para vê-lo retornar
Oferenda melhor não havia
E, no fundo, ele sabia
Que precisaria lutar

No dia da partida havia comoção
Mulheres choravam com emoção
Guerreiros partiam já saudosos
Seus filhos olhavam curiosos

Esperança e temor eram sua bagagem
Debaixo das armaduras antigas
E do couro surrado
Levavam amuletos e forragem

Um deles parecia não temer
Sua partida parecia encantada
Os passos de seu cavalo faziam o chão tremer
Em sua bainha, estava a espada de sua amada

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