segunda-feira, julho 05, 2004

Outono de Outrora

Folha pequena que cai
Desliza no ar com o vento
Suave em seu movimento
Com o sopro da vida que se vai

Flutua, flutua com ternura

Num outono fora de hora
O homem caminha sem demora
À frente de seu tempo
Em pleno contentamento

Caminha e passeia entre os montes

Berço da história de ninar
Que aflora em seu caminhar
Sem medo, nem rancor
Com muito pesar e amor

Sonha, poeta, em teu sono desperto

Nos rostos alheios procura a resposta
Da pergunta sempre posta
Encontra apenas o olhar evasivo
Daqueles que vêem um mundo morto

Vivam sonhando, que um dia acordaram

Pelos montes de folhas andou o viajante
Com muita emoção em seu semblante
Cruzou com pedestres alheios ao mundo
Seguiu seu caminho de olho em tudo

Anda, anda, bardo menino.

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