Outono de Outrora
Folha pequena que cai
Desliza no ar com o vento
Suave em seu movimento
Com o sopro da vida que se vai
Flutua, flutua com ternura
Num outono fora de hora
O homem caminha sem demora
À frente de seu tempo
Em pleno contentamento
Caminha e passeia entre os montes
Berço da história de ninar
Que aflora em seu caminhar
Sem medo, nem rancor
Com muito pesar e amor
Sonha, poeta, em teu sono desperto
Nos rostos alheios procura a resposta
Da pergunta sempre posta
Encontra apenas o olhar evasivo
Daqueles que vêem um mundo morto
Vivam sonhando, que um dia acordaram
Pelos montes de folhas andou o viajante
Com muita emoção em seu semblante
Cruzou com pedestres alheios ao mundo
Seguiu seu caminho de olho em tudo
Anda, anda, bardo menino.
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