quinta-feira, abril 10, 2003

Manhã Gelada

Acordar e sentir a gélida brisa que percorre a cidade traz lembranças
Memórias esquecidas de dias distantes
Desejos fantásticos de dias vindouros
E o leve toque da riqueza da vida
Sentir-se vivo e com consciência de que tens algo pela frente

O olhar vai longe, atravessa a névoa, não liga para o frio e faz sua viagem
Solitário e altivo, ele vislumbra toda uma vida de aventuras e prêmios
Tudo que poderia ter sido, ou que talvez venha a ser
No mesmo momento em que só posso aguardar o amanhecer
A mente gosta de devaneios
E por isso, em momentos como esse, convoca nosso espírito selvagem

Que sonha, luta, sofre e continua lutando

A tristeza logo retorna
Mostrando a realidade e garantindo que sonhos não são nada mais do que
isso: sonhos
Alguns deles deixam o mundo dos devaneios e entram em nossa vida
E é nosso dever cuidar bem deles
ou perdê-los para sempre

Uma vez mais sinto meu rosto gelar
Agora, porém, o vento só esfria as lágrimas que escorrem
Quentes e apaixonadas
Tristes e sonhadoras

Olho para o horizonte e volto a sonhar
Com a vida que ainda sonho
Imagino planos perfeitos
Traço metas fantásticas
E preciso levantar e ir lutar por tudo isso
Uma luta só minha. Num campo de batalha só meu.

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